A Vida é Curta...


* * * * * * A vida é curta, quebre as regras, perdoe rapidamente, beije demoradamente, ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente, e nunca deixe de sorrir, por mais estranho que seja o motivo. A vida não pode ser a festa que esperávamos, mas enquanto estamos aqui, devemos dançar...


sexta-feira, 15 de julho de 2011

** Normose By - Martha Medeiros


    Quanto mais a vida se torna truculenta, mais necessidade temos de buscar paz de espírito, o que explica o interesse crescente por crenças como o budismo e práticas como a ioga, que, cada uma a seu modo, procuram trazer a pessoa de volta para seu eixo interno, para um estado de relaxamento e de encontro com a felicidade através das coisas mais simples.
    Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose. A doença de ser normal.
    Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito normal é magro, alegre, belo, sociável e bem sucedido. Quem não se “normaliza” acaba adoecendo.
    A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
    A pergunta a ser feita é: Quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?
    Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana, bate a sua porta exigindo que você seja assim ou assado.
    Quem nos exige é uma coletividade abstrata, que ganha “presença” através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.
    A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?
    Não é necessário fazer curso de nada para aprender a desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.
    Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo.
    Criaram o seu “normal” e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.
    O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude! E, uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
    Eu não sou filiada, seguidora, fiel ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
    Por isso divulgo o alerta: A normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

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